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Como o Exercício Físico Regular ajuda no tratamento de Doença de Parkinson

A Doença de Parkinson é uma Condição Neurológica “Crônica, Neurodegenerativa e Inexorável” – traduzindo: Evolui a medida em que o tempo passa, degenerando os neurônios e que não possui tratamento curativo. No entanto, existem diversas formas de encararmos a evolução da doença de modo a trazer qualidade de vida à pessoa portadora desta condição.

Além das medicações, que conseguem trazer alívio dos sintomas de forma bastante importante, há ainda a Cirurgia de Parkinson, que pode funcionar para alguns casos da doença. Neste artigo, gostaria de focar em uma medida não-farmacológica e não-intervencionista que pode trazer grande alívio e auxiliar inclusive a diminuir a progressão dos sintomas: O Exercício Físico.

Dentre os sintomas mais comuns da Doença de Parkinson estão (1) Tremores, (2) Rigidez, (3) Lentidão de movimento e (4) Instabilidade postural. O exercício físico consegue auxiliar em todos os sintomas, mas principalmente na diminuição de rigidez e ao ajudar o paciente a manter maior estabilidade postural.

Estudos com pacientes que apresentavam Doença de Parkinson e que iniciaram um programa regular de exercícios físicos, sendo acompanhados progressivamente, em comparação com pacientes que não realizavam exercícios físicos mostraram que no primeiro grupo havia melhora moderada a importante na estabilidade postural, com diminuição de quedas, na manutenção da força física e melhora geral na classificação UPDRS-III (classificação que quantifica todos os sintomas físicos da Doença de Parkinson).

Os melhores exercícios físicos são aqueles passíveis do indivíduo realizar. Parece óbvio, mas ensinar um paciente com Doença de Parkinson a realizar atividades novas é benéfico, mas não tanto quanto uma atividade em que a pessoa já conseguia realizar previamente, haja vista que a adaptação associada a mudanças que a doença traz acaba por dificultar o aprendizado motor e colocar uma dificuldade extra àquele que já não está mais em suas plenas condições físicas.

Alguns exemplos simples: Ensinar um paciente com Doença de Parkinson a nadar, andar de bicicleta ou andar de skate é sem dúvidas benéfico, mas definitivamente pode trazer riscos pelas dificuldades impostas pela doença; já ensinar o paciente a realizar movimentos coordenados e lentos, mas precisos, como o Tai Chi ou uma dança, ou iniciar um programa de treino motor como uma atividade funcional ou em academia traz benefícios mais rápidos e de forma mais segura.

Dentre as atividades que foram estudadas em pesquisas específicas com pacientes com Doença de Parkinson estão: Yoga, Tai Chi, Exercícios de Força, Dança, Boxe (treinos sem contato direto), dentre outras. Mas, novamente, o melhor exercício é aquele que o paciente consiga fazer feliz, satisfeito e de forma correta, sem trazer ônus às articulações ou a quaisquer outras partes do corpo. No quesito tempo, os estudos mostram que 2,5 horas por semana (30 minutos de segunda- a sexta-feira, por exemplo) é suficiente para trazer os benefícios esperados, mas quanto antes se iniciam estes exercícios, por mais tempo eles durarão e melhor será a qualidade de vida do paciente. Então, por que esperar se podemos começar desde cedo!