Tremores são comuns, já foi inclusive citado anteriormente que nem tudo que treme é Parkinson. Mas então, como e quando devo procurar o Neurologista se acredito na possibilidade de estar diante de alguém com Doença de Parkinson?
- Lentidão de Movimento: O sintoma chave para se pensar em um possível quadro de Doença de Parkinson é a Bradicinesia (Lentidão de Movimento). Se antes o indivíduo era ágil e conseguia realizar movimentos coordenados de forma precisa, isso passa a ser uma dificuldade. Não é necessário que essa dificuldade imponha grandes incapacidades, mas existe uma característica que aumenta a chance de confirmação do problema: A lentidão de movimento tende a se iniciar apenas de UM LADO do corpo (incluindo braço e perna).
- Tremor: Impossível não falar de Doença de Parkinson sem falar de Tremor. No entanto, o Tremor Parkinsoniano difere dos tremores da maioria das outras doenças que cursam com o mesmo sintoma: É assimétrico (se inicia em um lado ou é mais evidente em um lado), de repouso, apresentando uma frequência de 4 a 6 repetições por segundo e pode aparecer por reincidência (a pessoa treme enquanto parada, faz um movimento qualquer e o tremor some, mas após o término do movimento o tremor tende a voltar).
- Rigidez: Algumas vezes passando despercebido pelo paciente e acompanhantes, outras vezes sendo o sintoma mais proeminente. A rigidez na Doença de Parkinson transforma o paciente em um “bloco”: O paciente não consegue realizar movimentos fluidos, mantendo posições fixas, as vezes não movimentando o pescoço adequadamente ou mantendo o braço levemente fletido de forma fixa. Durante a movimentação passiva (quando o médico realiza movimentos com o braço e a perna do paciente) é possível de se observar a dificuldade para realizar o movimento. E novamente é importante salientar, na Doença de Parkinson a Rigidez também tende a começar em apenas UM LADO do corpo.
- Instabilidade: A marcha do paciente com Doença de Parkinson também é avaliada e mostra-se alterada desde o início do quadro. Inicialmente o paciente não percebe, mas já começa a diminuir a movimentação de um braço durante a marcha, normalmente associado à rigidez descrita acima. Posteriormente há a diminuição da amplitude do passo, que se tornam mais curtos. Em seguida o paciente apresenta maior dificuldade para virar-se enquanto anda, até chegar ao ponto de precisar dar vários passos para virar-se por completo. Por fim, há dificuldade de manter-se de pé, com qualquer movimento que desestabilize o paciente termina em queda ao solo
Esses são os 4 principais sintomas, mas a Doença de Parkinson não se reduz a apenas estes, vários outros sintomas podem ocorrer simultaneamente, ou mesmo antes dos descritos acima: Dificuldade de abrir a boca (microstomia), diminuição do tamanho da letra ao escrever (micrografia), alteração do volume da voz (hipofonia) ou da velocidade da fala (bradifonia), constipação, alterações do padrão de sono (distúrbio comportamentais do sono), posições fixas anormais enquanto sentado ou andando (distonias musculares e até camptocormia), alterações da cognição (Demência da Doença de Parkinson / Demência por Corpos de Lewy), dentre outros.
No caso de aparecimento de quaisquer sintomas novos ou que atrapalhem na qualidade de vida do indivíduo, a indicação é a mesma de várias outras postagens sobre doenças neste site: Busque auxílio médico especializado. No caso da Doença de Parkinson, o tratamento adequado consegue trazer grande alívio dos sintomas na maioria dos casos, com o paciente mantendo sua qualidade de vida por vários e vários anos.