A todo instante, nosso coração está batendo dentro do nosso peito. A cada batida, ele empurra o sangue adiante para que todo o nosso organismo receba oxigênio e nutrientes, de modo a nos manter vivos. No momento em que o sangue sai do coração temos a Pressão Sistólica, a pressão mais forte capaz de impulsionar de forma mais importante o sangue, já quando o coração relaxa temos a Pressão Diastólica. A interação das duas pressões gera a Pressão Arterial, aquela que medimos ao colocarmos o Esfigmomanômetro no braço (o aparelho de pressão).
Devemos interpretar estas pressões como sendo algo dinâmico, haja vista que a cada momento nosso organismo ajusta a pressão de acordo com a nossa necessidade. Por exemplo, ao dormirmos nosso corpo não apresenta grande resistência; estamos deitados, logo não há necessidade de grandes pressões porque não precisamos vencer a gravidade para mandar o sangue para um nível mais alto que o do coração (para a cabeça, mais precisamente); nossa respiração é mais lenta e estamos mais calmos, portanto a pressão arterial durante o sono tende a ser menor. O oposto acontece quando praticamos atividade física, fazemos uso de substâncias que nos deixam alerta (cafeína, por exemplo) ou estamos em uma situação de estresse.
Parece um sistema perfeito, sem chance para falhas, mas existem situações em que podemos ter problemas graves devido a alterações de pressão. De forma direta: Pressões Baixas são graves, podendo gerar desmaio, tontura, quedas, dificuldade de raciocínio, sonolência e alterações em diversos órgãos por falta de oxigenação; já Pressões Altas tendem a não apresentar sintomas imediatos, com muitas pessoas apresentando pressões altas sem ter quaisquer sintomas.
No entanto, Pressões Altas geram alterações diversas no organismo, como lesões em Rins, Olhos, Coração e Cérebro, podendo aparecer de forma insidiosa, mas chegando a causar doença renal crônica (com necessidade de hemodiálise), cegueira, insuficiência cardíaca e demência. Pressões altas também podem ocasionar problemas súbitos quando atingem níveis mais altos que o corpo é capaz de tolerar, neste momento acontecendo o Infarto e o AVC.
O AVC pode apresentar dois mecanismos decorrentes de Pressões Altas. O primeiro, por alterar a parede do vaso, lesionando-a, leva a oclusões abruptas de pequenos vasos, o que gera o AVC isquêmico (por entupimento). O segundo, por levar a rompimento de artérias quando não há mais como segurar pressões altas demais, ocasionando o AVC hemorrágico (por sangramento).
Então, o ideal é ter bom controle pressórico, evitando tanto problemas insidiosos quanto súbitos, E a melhor forma é por mudança de hábitos, como a prática regular de exercícios físicos, alimentação saudável e balanceada e um sono reparador, além de evitar ações que geram aumentos pressóricos, como o hábito de fumar ou de ingerir bebidas alcoólicas. Em caso de já possuir o diagnóstico de Hipertensão Arterial Sistêmica (a famosa “Pressão Alta”), faça uso das medicações anti-hipertensivas, que também diminuirá o risco de apresentar um AVC.